Série Festas Juninas - Caruru

O Culinária & História traz para finalizar a série "Festas Juninas" uma prato bastante conhecido no Brasil e no mundo: o caruru.


Resultado de imagem para caruru


Originalmente africano, era bastante utilizado em rituais do candomblé. Pode ser apreciado juntamente com acarajé e pedaços de carne, frango ou peixe. Guilherme Piso afirma que este prato é indígena, e designava uma erva medicinal e alimentício. Conta em seu livro Historia Naturalis Brasiliae, que o médico Maurício de Nassau diz que "come-se este bredo (caruru) como legume e cozinha-se em lugar de espinafre...".
Outro relato conta que em 1820, na Amazônia, por Von Martius, cita o "caruru-açu", durante uma refeição com nativos, próximo ao rio Madeira, quando experimentou "um manjar de castanhas socadas com uma erva parecida com o espinafre...".

Resultado de imagem para caruru

Agora vamos à receita dessa delícia

Ingredientes:

100 quiabos
1 xícara de castanha de caju
100 g de amendoim torrado e moído sem casca
2 xícaras de camarões defumados, descascados e moídos
2 cebolas grandes
2 xícaras de azeite de dendê
3 limões
2 colheres de sopa de sal
4 xícaras de água quente
pimenta
gengibre
alho

Modo de preparo:

Lava-se os quiabos, enxugando bem para não formar baba quando picado. 
Coloque os camarões secos e moídos a cebola ralada, alho, sal, castanha e amendoim para refogar no azeite de dendê. Ponha os quiabos picados, a água e as colheres de sopa de limão para cortar a baba. 
Adicione ainda alguns camarões secos, inteiros e grandes. Cozinhe tudo até ficar pastoso. 
Quando os caroços dos quiabos estiverem bem rosados, retire do fogo.
Na festa de São Cosme e São Damião, quando o caruru é de promessa, costuma-se colocar sete quiabos inteiros. O convidado que tiver no seu prato, ao acaso, um desses quiabos, fica na obrigação de oferecer ao santo outro caruru.