Mandioca: Além de servir de base para várias receitas, tem também muita história

Imagem: Saúde Abril.com


O Maranhão já foi um dos maiores produtores de mandioca do país, mas hoje importa farinha d'água do Pará, fécula do Paraná e amido azedo de Minas Gerais. É muito usada na preparação das paçocas, farofas e pirões, chibés, tiquaras e mingaus. Outro hábito é o bolo de macaxeira ou de tapioca acompanhada com batata-doce e fruta-pão. A mandioca é a base de alimentação dos indígenas.

A tiquira, pouco conhecida no país, é um bebida alcoólica também feita de mandioca, Ela ainda é feita, artesanalmente, apenas no Maranhão e em menor escala no Piauí e na Bahia. A bebida foi consumida historicamente pelas classes mais pobres e pelos escravos do Maranhão, que a produziam e pelos seus descendentes, fato que a discriminou e gerou preconceito. Para aqueles que pregam que “a cachaça é nossa”, pode-se contestar que a tiquira é muito mais, pois a mandioca é brasileira e a cana de açúcar, estrangeira.

A mandioca é conhecida cientificamente, como Manihot esculenta, Crantz, Enphorbiaceae, Dicotyledonae. A palavra mandioca parece derivar da língua dos índios tupis - Mani (nome da filha de um chefe) e oca = casa. Na língua inglesa é manioc e em língua espanhola manioca.

A planta é um arbusto perene, resistente à seca, com raízes tuberosas (que cumulam amido) de formato variado e em número de 5 a 20. O caule (sem ramificação no período vegetativo) pé ereto, de cor cinza ou prateada ou pardo-amarelada; as folhas são simples, com 5-7 e lóbulos, as flores unisexuadas masculinas ou femininas e o fruto é uma cápsula (tricoca) com 3 sementes e que se abre quando seco. A semente, parecida com a da mamona, contém óleo

Há 2 tipos de mandioca: a mandioca brava ou amarga e a mandioca doce ou mansa (aipim, macaxeira).

A mandioca brava contém a substância linamarina (no látex, notadamente na casca da raiz e nas folhas) em teor elevado; essa substância transforma-se em ácido cianídrico (altamente tóxico) no estômago do homem e dos animais. É de uso industrial. Já a mandioca mansa contém baixíssimo teor de linamarina podendo ser consumida ao natural (uso culinário).

Entre os séculos XVI e XIX, a alimentação do brasileiro de um modo geral, e, sobretudo nas áreas em que mais se fez sentir a influência indígena, sustentava-se basicamente na cultura e no consumo da mandioca (Manihot spp.) e da cana-de-açúcar (Saccharum officinarum) segundo suas diferentes maneiras de preparo. Se a desnecessidade de solos muito férteis e de técnicas refinadas para a cultura, manipulação e transformação da mandioca muito contribuíram para isso, outros fatores atuaram para disseminar e propagar seu uso, que acabou por incorporar-se de modo permanente ao regime alimentar do brasileiro.


Imagem: Tudo Receita



BOLO DE MANDIOCA

Ingredientes:

1 kg de mandioca cozida(s) e espremida(s)
400 gr de açúcar União
100 gr de manteiga derretida(s)
100 gr de côco ralado(s)
3 unidade(s) de gema de ovo
4 xícara(s) (chá) de leite de côco
2 colher(es) (chá) de sal Calda
1 copo(s) de leite de côco
1 colher(es) (café) de sal
4 colher(es) (sopa) de açúcar União

Preparação:
Coloque a mandioca espremida numa vasilha,com todos os ingredientes.Misture bem até formar um creme. 
Use uma fôrma de anel,untada e enfarinhada.Leve ao forno pré-aquecido a 180ºC e vá regando com a calda. CaldaMisture todos os ingredientes e reserve. 
Rendimento:
15 porções